Diversidade em TI
Por Redação
06/09/2022, 13h
Que a diversidade é importante para a produção de ideias completas e diferenciadas, isso todo mundo já sabia. Mas… será que você sabia que a diversidade é importante em TODAS as áreas, inclusive na de TI?
É isso que aponta Renan Vidmontas, especialista em atração de talentos no Mercado Livre, em uma matéria para a Folha de São Paulo. Ele comenta que “Quando temos times mais diversos trabalhando a base de dados conseguimos gerar inovação de forma eficiente”. Também comenta que quanto maior a pluralidade etária, de gênero, racial e regional da equipe, melhor o desenvolvimento de ferramentas digitais.
Uma equipe plural reflete a diversidade do público que o produto tem a capacidade de alcançar, com quem a equipe terá mais facilidade de dialogar. Isso porque equipes muito parecidas tendem a ter dificuldade em ter empatia e compreender melhor a necessidade de clientes diferentes deles.
Uma matéria do site Microcity resume o assunto da seguinte maneira: “(…) o investimento em diversidade e inclusão na TI é necessário, primeiramente, para criar equipes plurais, que refletem a população, compreendem suas dores e, assim, são capazes de criar melhores soluções.”
O TI no Brasil é diverso?
Infelizmente, não muito. Por exemplo, de acordo com o Global Gender Gap Report de 2021, as disparidades de gênero (diferenças muito grandes no número de funcionários, se comparados pelo gênero) “são mais prováveis em setores que exigem habilidades técnicas disruptivas”. Por exemplo, em Cloud Computing, as mulheres representam 14% da força de trabalho; em Engenharia, 20%; e em Dados e IA, 32%.
Além das diferenças no número de vagas ocupadas por mulheres e homens, existe também a disparidade entre os salários. Segundo uma pesquisa da Catho de 2021, divulgada pelo TecMundo, as mulheres no setor da tecnologia ganham até 11% a menos que os homens, mas essa diferença, dependendo do cargo, pode chegar até a 33%.
O caminho é ainda mais longo se pensarmos também em outras formas de diversidade, como inclusão de pessoas com deficiência, população LGBTQIA+, pessoas pretas e pardas, também.
Como resolver essa questão?
É preciso reavaliar o processo de admissão de novos funcionários e também reavaliar quais as necessidades e prioridades do processo, ao buscar pela seleção de candidatos diversos entre si, para compor uma equipe cada dia mais diversa. Isso não pode ser feito sem o apoio não só das equipes e dos recrutadores, mas também da alta gerência do negócio.